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Expedições

Na mesma semana, de novo no aquário

Bertioga, SP – Rio Jaguareguava

Aproveitando a maior disponibilidade de tempo por causa das férias de janeiro, organizamos uma segunda expedição ao Jaguareguava. Isso ocorreu apenas quatro dias depois da expedição em família. Desta vez, Alexandre, Almir e Michel levaram ao “aquário” o casal Carlos e Juliana, e também a Viviane e a Julia (esposa e filha do Michel). Mais uma vez, a presença de mulheres e crianças prova que esse esporte e as atividades ao ar livre podem ser praticados por qualquer um, desde que sejam tomadas as precauções de segurança necessárias, como o uso de coletes salva-vidas, repelente, chapéu e protetor solar. Na expedição anterior, havia o Lorenzo com dois anos; desta vez, a Julia, com apenas um ano e meio.


Na chegada ao local, algumas instruções para os iniciantes e vamos para água, pois nada melhor do que aprender pondo a mão na massa, ou melhor, no remo! No início, pensando em não separar as famílias, partiram Michel, Viviane e Julia em um caiaque, Carlos e Juliana em outro, enquanto Alexandre e Almir, cada qual em seu caiaque, transportavam as cargas necessárias e acompanhavam os dois casais fazendo os registros fotográficos do passeio.


No início da remada, havia uma forte correnteza ocasionada pela descida da maré, e isso provocava a formação de diversos redemoinhos na confluência dos rios Jaguareguava e Itapanhaú. Essa dificuldade, aliada ao fato de estarem em um caiaque pela primeira vez, fez com que o Carlos e a Juliana precisassem de determinação para vencer o trecho inicial. Parecia difícil direcionar o caiaque em meio àquelas águas turbulentas. Mas com força de vontade, orientação e incentivo, venceram essa etapa com sucesso! Enquanto isso, no outro caiaque duplo, a Julia se divertia com a água, e sempre abrigada pela sombrinha que a Viviane providenciou, pareciam duas “madames” passeando, com o “escravo” Michel remando no banco de trás.


Entrando nas águas do Jaguareguava, uma pausa rápida para que a Juliana trocasse de lugar com o Almir e experimentasse o caiaque individual. Desta forma prosseguiram Almir e Carlos no caiaque duplo, enquanto a Juliana seguiu individualmente. Parece-nos que essa configuração foi mais eficaz, e tornou a subida um pouco mais rápida. Esta troca acabou sendo um ganho para todos no grupo.


Quanto mais o grupo subia o rio, mais límpidas e cristalinas iam se apresentando as águas, o que fascinava cada vez mais os novos visitantes. Após mais de uma hora de subida, o grupo chega, enfim, ao destino final: uma curva, que apresenta de um lado uma praia de areia e do outro um poço com mais de dois metros de profundidade. Lá havia espaço para a Julia brincar na areia, e também para os marmanjos brincarem com snorkel e nadadeira, curtindo os peixes e o deslumbrante visual submerso. Além da brincadeira e do repouso, a pausa foi importante para um lanche e hidratação, necessários para repor energias consumidas na subida.


Fim de tarde, o sol se pondo, e as águas geladas não permitiram esticar muito o tempo do mergulho. Ainda mais porque, com a chegada do pôr do sol, vem a possibilidade da presença de mosquitos, e não queríamos que isso fosse um inconveniente para os novos remadores, nem tampouco para a jovem Julia, que até o momento estava adorando o passeio.


Na descida, tudo é mais fácil, pois o recuo da maré gera uma forte correnteza, o que facilitou bastante a volta dos remadores. Assim sobra mais espaço para apreciar o visual, pois a energia é utilizada em sua maioria apenas para “direcionar” o caiaque.


Um belo poente apreciado durante a volta e em menos de uma hora o grupo está passando pela ponte do rio Itapanhaú. Ali embaixo, na marina onde estavam estacionados os carros, o grupo ancora e toma uma ducha. Infelizmente, chega a hora de ir embora! Dentro de uma tarde, foram mais de oito quilômetros remados em quase 4h de passeio. Confraternização, abraços, despedidas, e hora de cair na estrada!


Ao final, uma reflexão sobre esse local que muito apreciamos: nem na ida, e muito menos na volta, encontramos o barco “coletor de areia” que avistamos na expedição anterior. Cremos que ele estava em atividade naquela terça-feira por ser um dia mais “tranquilo”. Já neste sábado ensolarado, o rio estava repleto de turistas e navegadores. Aquela pequena embarcação que extraía areia do fundo do rio não parecia executar uma atividade “regulamentada” e possivelmente a escolha daquela tarefa em um dia sem movimento não tenha sido “ao acaso”. Talvez estivessem executando um trabalho que não deveria ser “exposto”. Bom, aqui, em nosso registro, são apenas especulações, denúncias, ou hipóteses levantadas, baseadas na observação de situações e do meio ambiente pelo qual navegamos…


Há um ditado que diz: “quem ama cuida”. Enquanto para alguns, o parágrafo acima possa ser um apontamento desnecessário; para outros, aqueles que se envolvem com as pessoas e locais por onde passam, é natural uma preocupação com atividades que “possivelmente” coloquem em risco a beleza e encanto de áreas tão belas quanto o rio Jaguareguava. Esse rio é parte significativa de nossa história… É um dos rios com águas mais cristalinas na nossa região. Fica para você, nosso leitor, a reflexão sobre o que cada um pode fazer, faz e deixa de fazer com relação ao mundo em que vivemos…

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