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Expedições

II Exploração do rio Itaguaré (até o final)

Bertioga, SP – Rio Itaguaré

No ano anterior, a RA Canoagem já havia realizado um passeio exploratório no rio Itaguaré. Naquele dia o passeio foi breve, pois esse rio, em uma região de mangue, apresenta muitos braços e curvas que o tornam um verdadeiro labirinto. A informação de que o grupo dispunha, obtida por meio de fotos aéreas e mapas, mostrava que seguindo em direção à cabeceira do rio, não haveria casas, estradas ou qualquer outro vestígio de civilização. Desde aquele passeio, pairava no ar um gostinho de “quero mais”, pois não se sabia ao certo o que seria encontrado em direção à sua cabeceira.

Dia 18 de maio de 2013, Alexandre, Almir e Robsom partiram em busca do incerto, com um único objetivo: subir ao máximo aquele rio, e no caso de suas águas ficarem rasas, os três estavam dispostos a caminhar um pouco, em busca de uma cachoeira, poço ou sabe-se lá o que encontrariam.

Chegando à ponte sobre o rio Itaguaré (na rodovia Rio-Santos), o carro foi deixado próximo a um restaurante, os equipamentos carregados por uma pequena trilha até a margem do rio e todos seguiram remando em sentido à cabeceira do rio. Desta vez, havia um mapeamento completo no GPS. Além disso, os três saíram atentos ao mapeamento visual, para o caso de algum imprevisto eletrônico. Esse tipo de atenção é imprescindível em regiões desconhecidas, principalmente naquelas onde o cenário parece não mudar, com paisagens semelhantes, o que permite a qualquer desavisado se perder facilmente.

Um problema logo no início: caiaque furado! Ainda bem que o furo estava na parte superior dianteira do caiaque, o que não permitiu à água entrar na parte estanque. Porém, o ar interno saía com o peso dos dois remadores, o que diminuía muito a sua capacidade de flutuação. Isso gerou diversas paradas, pois os remadores Alexandre e Almir praticamente estavam remando “submersos”. Após quatro quilômetros remando forte e sem deixar nenhuma adversidade atrapalhar o grupo, chegamos a uma área de águas fundas, escuras, estreitas e com muita vegetação tombando sobre a superfície da água, praticamente “fechando” a passagem. Houve algumas tentativas de se desvencilhar dos galhos e talvez chegar a uma clareira adiante, mas tudo foi em vão. A cada metro vencido, a mata estava ainda mais fechada. Um destaque para as teias de aranha (muitas, e imensas) que formavam “cortinas” impedindo a passagem dos três remadores.

Nem o frio, a chuva ou o caiaque furado impediram os três de seguir adiante. Somente o mato impediu a remada, motivo de marcar o ponto final da expedição de subida. Os remadores levaram até uma corrente e um cadeado, para o caso de deixarem o caiaque para caminhar, mas nem foram utilizados. A noite estava caindo, e agora eles pensavam em aproveitar a correnteza para descer o rio. Enganaram-se completamente, pois a maré estava subindo, fazendo com que as águas estivessem novamente contra o grupo. A bateria do GPS estava acabando, as pilhas reservas ficaram no carro, e o mapeamento visual seria quase impossível à noite. Isso obrigou o grupo, novamente, a remar muito forte para vencer os cinco quilômetros de volta.

Enfim, chegam os três à ponte onde tudo havia começado. Ainda bem que não havia mosquitos naquele dia, pois já havia anoitecido, e carregar os equipamentos, se enxugar e trocar sendo devorado pelos insetos não seria nada agradável (já passamos por isso diversas vezes). Após todos prontos, vamos à estrada, carregando mais uma vez a sensação de “missão cumprida”…

E qual será a próxima aventura? Talvez você esteja conosco…

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