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Expedição Lagos Andinos

Chile, Cordilheira dos Andes – Embalse El Yeso

O cenário encontrado foi muito mais belo no que o imaginado… A primeira experiência internacional foi inesquecível!

Desde que começamos com as expedições exploratórias, o desejo de conhecer paisagens exuberantes (e exóticas) aumentou dia após dia. Apreciando fotos de lagos andinos, surgiu a ideia de realizar a primeira expedição internacional: remar contemplando montanhas cobertas de neve. O destino escolhido foi o Chile, que abriga a monumental, belíssima e perigosa Cordilheira dos Andes.

Saímos do Brasil com destino a Santiago, capital do Chile. Fizemos um mapeamento que incluía vários lagos próximos da capital chilena, alguns mais incrustados no meio da Cordilheira e outros em regiões de menor altitude. A ideia inicial era visitar mais de um lago, mas chegando lá, percebemos que as questões de logística e estrutura são muito mais complexas do que o estudado teoricamente, aqui no Brasil.

Fizemos mapeamentos, muitos contatos para conseguir equipamento e hospedagem, estabelecemos rotas e metas. Mas chegando lá, os planos eram mudados a todo instante. Era nossa primeira experiência internacional e saímos apoiados apenas em nossos estudos da região, força de vontade e determinação. Não havia guias ou agências para nos auxiliar, só a boa vontade de dois grandes e solitários amigos: Alexandre e Rodrigo.

Depois de muito trabalho de planejamento, partimos para a Cordilheira dos Andes. Lá, na estrada que margeia o rio Maipo, avistamos um grupo descendo o rio em um bote de rafting. A decisão de levantar informações com a operadora de rafting foi essencial, pois foi com o pessoal da agência que conseguimos o guia que acompanhou-nos até El Yeso.

Aproveitamos para também realizar uma descida de rafting naquela tarde, e em seguida procuramos abrigo no vilarejo mais próximo. Ali combinamos para o dia seguinte a viagem para El Yeso com os guias Alexis e Julio, que trabalhavam na operadora, mas nunca tinham visitado El Yeso no inverno, ainda mais sabendo que naquele período a montanha estava coberta de muita neve e gelo.

Na manhã seguinte, nós quatro partimos com destino a El Yeso. Após dirigir, caminhar na neve carregando os equipamentos e descer a montanha até a margem do lago utilizando-se de cordas, chegamos ao fabuloso cenário de um lago que estava com as margens congeladas e a parte central coberta de uma fina camada de gelo, que era rompida facilmente a cada remada. O barulho dos estilhaços de gelo quebrados pelo caiaque e pela pá do remo era verdadeira música para os remadores, que esperavam menos do que o cenário encontrado. O pensamento era remar apreciando montanhas cobertas de neve, e os dois jamais imaginariam encontrar cenário tão perfeito: trechos sólidos de espessa camada de gelo, onde era possível caminhar sobre o lago, trechos de fina camada de gelo, onde rompê-lo era uma divertida brincadeira, e ainda trechos onde era possível apreciar uma água de transparência indescritível.

A dupla mal começou a brincadeira e o guia sinalizava energicamente para que os dois voltassem. Os dois voltaram, e ao encontrar o guia, a constatação do motivo do chamado incisivo: várias bolas de neve se desprendiam por causa do sol forte batendo frente à montanha. O risco de uma avalanche iminente abreviou o passeio.

Mas a meta foi cumprida: um lago andino remado, em um cenário ainda mais belo do que os dois puderam imaginar. Ainda sobrou tempo para nos dias seguintes, na volta a Santiago, buscar um passeio no famoso Valle Nevado, e experimentar uma nova brincadeira: o snowboard. Devido a todas as tensões e alterações de logística ocorridas, os dois decidiram apenas curtir os outros dias, e deixar outros lagos para novas visitas. Afinal, um lugar belo como aquele justifica várias viagens… Quem sabe quando será a próxima?

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