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Expedições

Explorando um rio de mangue

São Vicente, SP

Há muito tempo o amigo Almir convidava a galera da RA Canoagem para conhecer a região de mangue de São Vicente. Após meses ensaiando uma visita, a data da expedição foi marcada em definitivo. Não se sabia ao certo o que o grupo encontraria, pois as informações preliminares, como quase em todas as expedições, eram levantadas apenas via internet.

A ideia inicial era uma travessia de 10 km descendo o rio, mas como não conseguimos um motorista para buscar a galera no ponto de destino, todos partiram rio acima, contra a forte correnteza, almejando chegar o mais longe possível dentro do tempo disponível. Dessa forma, a subida seria dura, na qual as paradas (para fotos ou conversas) faziam com que os caiaques fossem empurrados vários metros pra trás.

O rio é largo, de correnteza forte e vegetação densa nas margens, oferecendo um belo cenário durante a travessia. Mas, como na maioria dos lugares remados por nossa equipe, notamos a ocupação humana agredindo o meio ambiente. Em alguns trechos, infelizmente, o esgoto é despejado diretamente no rio, sem qualquer espécie de tratamento. Esse foi um grande desgosto na volta, quando vimos um encanamento despejando esgoto exatamente no local de onde o grupo partiu. Esse encanamento não foi percebido durante a partida porque estava submerso.

A variação de maré, nas regiões de mangue, altera significativamente o nível dos rios. Com a baixa, tornou-se visível a cena do esgoto despejado, que desagrada qualquer um que tenha o mínimo de respeito pela natureza. Porém, como os membros do grupo já sabem, esse tipo de “incômodo” é previsto na hora de explorar locais desconhecidos. Alguns pescadores chegaram após o grupo, e armaram suas varas exatamente no cais de onde o grupo saiu. Também em diversos pontos das margens avistam-se vestígios da presença de pescadores. Isso mostra que ainda há peixes por lá, o que de certa forma consola, levando o grupo a crer que a presença de vida indica um nível de poluição não muito grande. Mas são apenas indícios… é melhor deixar essa avaliação para a CETESB ou alguma companhia melhor qualificada.

Alexandre, Almir, Eduardo Junior, Maurino Junior e Leonardo percorreram pouco mais de 5 km em quase duas horas. Um dia chuvoso e completamente nublado, que não oferecia boas condições para paradas de lanches, descansos ou bate-papo, pois cada parada fazia congelar pernas e braços. Cerca de uma hora remando contra a correnteza até uma ponte ferroviária, e apenas 20 minutos na volta, que, com a ajuda do fluxo natural da água, se tornou extremamente prazerosa.

Outra vez, fica aquele gostinho de “quero mais”. A ideia de uma nova travessia, desta vez apenas uma descida, para desfrutar ao máximo daquele cenário, está em um dos vários planos de remadas da RA Canoagem.

Quem sabe você não se inclui no próximo? Entre em contato com a gente!

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