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Expedições

Supremacia feminina!

Bertioga, SP – Rio Itapanhaú

Os passeios que organizamos não têm restrições quanto ao sexo ou à idade dos remadores. Como já foi observado no início deste ano, até crianças de menos de dois anos participam dos eventos. Mas não há como negar que, na maioria dos casos, as expedições são compostas por homens. Porém, o que aconteceu desta vez foi bem diferente: levamos apenas mulheres! A Tania e a Maria Helena já não são mais consideradas iniciantes, pois além das represas em que passearam conosco, encararam a difícil missão de vencer os 20 km do rio Bichoró em setembro do ano passado. A iniciante desta vez foi a Olga, que há tempos estava enamorada pela ideia de passear de caiaque com a galera da RA Canoagem.

O Almir partiu com as meninas de São Paulo, e encontrou o Alexandre com os equipamentos no distrito de Biritiba Ussú. Desta vez, por questões de segurança, o Almir ficou na cabeceira do rio com as meninas, enquanto o Alexandre desceu para o ponto final da expedição. Na cabeceira, em um ponto semelhante a uma piscina, as garotas, acompanhadas pelo Almir, puderam nadar e refrescar-se, hidratar-se e comer algum aperitivo antes de iniciar a descida. Enquanto isso, o Alexandre dirigia-se de carro até o ponto de saída: a base de captação de água da SABESP. Um prêmio na sua passagem de carro dentro da mata atlântica: um teiú, muito à vontade e tomando sol na pista, ao invés de correr para o mato quando o carro se aproximava, seguia correndo pela estrada, em frente, parecendo brincar de “pega-pega”.

Ao chegar à base da SABESP, após um bate-papo com o Humberto (sempre atencioso e cordial com os visitantes daquela região), o Alexandre iniciou a subida. Montado no caiaque tubarão, após vencer alguns obstáculos formados por árvores caídas, ele encontra o Almir e as meninas descendo tranquilamente as águas do Itapanhaú. Este encontro ocorreu em uma “prainha”, que convidava a uma parada, já que estavam todos aproximadamente na metade da expedição. Ali, não havia nada melhor do que um banho para refrescar a todos e um piquenique para repor as energias.

Após a parada, bate-papo, fotos, lanches e mergulhos, o grupo segue. Um pouco adiante, uma cena belíssima: uma revoada de borboletas! Sempre que realizamos essa descida, encontramos grupos de borboletas amarelas na margem. Temos a impressão de que elas ficam bebendo água nas poças que se formam nas praias que margeiam o Itapanhaú. Mas desta vez foi especial, nunca vimos um grupo tão grande. A aproximação a elas é sempre lenta, visando a melhor foto possível, e quando estamos a poucos metros, de repente elas saem, formando uma revoada em torno dos remadores muito bela de ser contemplada.

Durante a descida, algumas árvores caídas tornaram as passagens estreitas e turbulentas. Nesses momentos, o inevitável acontece: entramos na água para assegurar a passagem de todos, principalmente dos iniciantes. Mas, com o calor que fazia naquele dia, entrar na água se torna um refrescante prazer.

Após mergulhos, piquenique, borboletas e obstáculos vencidos, o grupo vai chegando ao ponto final da expedição. É o fim da linha, ou melhor, da etapa de expedição dentro d’água. Para acabar o passeio falta também o almoço. Antes dele, ainda no meio da Mata Atlântica, é montado o trocador, para que as meninas se troquem e vistam algo seco e confortável. Enquanto elas se arrumam, Almir e Alexandre seguem em busca do carro que foi deixado na cabeceira do rio. Nessa meia-hora de vai e vêm, as meninas estão prontas, e o Almir segue acompanhando-as para o alto da serra. Enquanto isso, o Alexandre termina de arrumar as cargas e segue outro rumo, em destino a Biritiba-Mirim, local onde é armazenado grande parte dos equipamentos da equipe.

Para aqueles que saíram da água e da mata, e subiram a serra pouco antes, nada melhor do que o delicioso peixe servido no pesqueiro do Trevo. É sempre um ponto aconchegante para a confraternização final, antes de chegarmos em casa. Lá, carregando boas lembranças dos momentos vividos, vai se instalando dentro de nós uma calma, uma serenidade, um prazer pelo desfrute de um belo local, na companhia de bons amigos, ao mesmo tempo em que outro sentimento vai se achegando: a saudade… acompanhando a ansiedade… Quando viveremos algo parecido de novo?

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