Bertioga, SP – Rio Jaguareguava
Em 2015 o amigo Davi aderiu intensamente à prática da canoagem, participando de diversos passeios e expedições com os amigos da RA. Já fazia um tempo que os membros do grupo falavam do rio Jaguareguava, carinhosamente batizado pelos membros da RA de “Aquário”.
Na última visita ao espaço, meses atrás, foi impossível qualquer tentativa de snorkeling, devido às fortes chuvas ocorridas na noite anterior. Desde aquele dia, tentávamos uma nova data, e nosso amigo Davi fez uma escolha muito especial: seu aniversário!
Acompanhado da esposa Carol e do amigo Alexandre, partiram os três remadores rumo a um dos destinos preferidos do grupo. Alguns detalhes valem ser observados antes de visitar esse local, pois serão decisivos no sucesso do passeio. Visitá-lo em período de chuvas pode levar o grupo a enfrentar duas situações: água barrenta e muita correnteza. A primeira situação impossibilita a brincadeira com o snorkeling, enquanto a segunda dificulta muito a subida do rio. A visita será mais proveitosa em um período não muito chuvoso (pelo menos nos dias que antecedem o passeio).
No aniversário do Davi a água não estava barrenta, mas também não tão cristalina quanto em outras visitas. O volume de água foi o maior dificultante, pois em vários momentos foi impossível remar contra a correnteza, sendo necessário descer do caiaque e puxá-lo para conseguir subir o rio. Mas como disse outrora o amigo Almir: “não há obstáculos para aqueles que persistem”. Entre o sobe e desce do caiaque, conseguimos atingir uma praia, em uma curva do rio, com profundidade adequada e ausência de obstáculos (troncos e galhos), onde pudemos realizar a brincadeira do snorkeling com tranquilidade, principalmente porque, para o casal Davi e Carol, tudo aquilo era novidade.
Caiaque na margem, ajuste de máscaras, instrução e adaptação ao novo equipamento e hora de ir para água, sempre na companhia de alguém que já conhece o local. Em uma atividade como essa é essencial o autocontrole, tranquilidade e confiança na máscara e no snorkel. A combinação desses três sentimentos é o que pode tornar a prática do snorkeling uma diversão apaixonante ou uma tortura.
Mas é dia de festa, aniversário do nosso amigo! Assim, nada de tortura: o passeio foi só diversão! Aos poucos, adaptando-se cada um a seu tempo, o casal entrou na água e aproveitou bastante a experiência. Tanto que, no saldo final do passeio, constatamos que das 3h45m totais, 2h40m foram utilizados na parada para o snorkeling! Isso mostra que, em muitas expedições, o caiaque pode se tornar apenas um instrumento, que nos leva a muitas outras experiências e diversões.
Depois de mais de duas horas nas águas gélidas do rio, hora de bater os dentes, mas não de frio, e sim para comer alguma coisa, pois é claro que um piquenique sempre está envolvido nesses eventos. Após o lanche, a descida é só curtição, pois a forte correnteza praticamente dispensa a necessidade de remar, bastando conduzir o caiaque e desviar dos obstáculos naturais que se apresentam pelo caminho.
Após alguns minutos da rápida descida, chegamos novamente à casa do Sr. Riesco, que sempre nos recebe com muita hospitalidade, e fechamos a expedição com pouco mais de 5 km remados, começando o ano em um dos destinos que mais apreciamos. E, como sempre, saímos de lá sempre pensando: “quando será o retorno?”.
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